Na sessão desta última terça-feira, 6, o presidente do Banco de Alimentos da
Região do Calçado, Antonio Elton Zart, falou na tribuna na sessão desta
terça-feira, dia 6 de novembro. Ele iniciou a exposição destacando dados
mundiais e locais sobre a fome. Segundo a ONU, 2 milhões e quinhentas
mil crianças morrem de fome no mundo. Além disso, uma em cada oito
pessoas estão desnutridas.
Zart ressaltou ainda que na América Latina e Caribe, 49 milhões de
pessoas passam fome. No Brasil, houve uma redução no índice, mais ainda
13 milhões de brasileiros não têm o que comer. No Rio Grande do Sul, 1
milhão 280 mil pessoas sofrem com a fome, enquanto,de acordo com o DMLU, 162 toneladas de alimentos são desperdiçados.
De acordo com Zart, o Banco de Alimentos surgiu para minimizar
tamanho desperdício. “É comida boa, verduras, frutas com um cantinho
machucado, o que sobra nas panelas dos refeitórios industriais,
restaurantes e hotéis. São alimentos bons que vão para o lixo, enquanto
crianças, adultos e idosos, passam fome. Isso é inaceitável. Além disso,
ainda há uma lei que proíbe que esses alimentos sejam doados”, disse,
ressaltando os desafios do grupo.
O que é um Banco de Alimentos
Em 2000, de acordo com Zart, foi criado o primeiro Banco de Alimentos
do Estado, em Porto Alegre. “É uma ação empresarial que surgiu dentro
da Fiergs. O objetivo é arrecadar e distribuir alimentos”, disse. Ele
lembrou que, atualmente, na Capital gaúcha, há uma rede com 7 bancos em
funcionamento. Atuamos como neutralizadores desse problema da fome.”
Em Novo Hamburgo, embora o prédio tenha sido inaugurado no ano
passado, o grupo já possui dois anos de atuação. Segundo ele, o Banco de
Alimentos da Região do Calçado, que abrange os municípios de Novo
Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga e Estância Velha, possui condições de
armazenar duas toneladas de alimentos. “Distribuímos, mensalmente, 15
mil quilos de alimentos para 38 entidades dessa região, sendo 47% da
arrecadação doada para NH. Ao todo, são cerca de cinco mil pessoas
beneficiadas.”
Zart registrou que tudo é feito com responsabilidade. “Temos um
convênio com a Universidade Feevale, cursos de gastronomia e nutrição,
além de um nutricionista. Precisamos ter certeza que o alimento está em
perfeita condição”, disse. Ele relatou que as doações são feitas
diretamente para as entidades cadastradas. “Não fazemos entregas de
cestas básicas diretamente”, frisou.
O Banco de Alimentos se mantém com a ajuda de mantenedores: pessoas
físicas e jurídicas que fazem doação em alimento e em dinheiro para
custear gastos com aluguel, luz e água, por exemplo.
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