31/07/2013 - Em reunião proposta
pelo presidente da Câmara, Antonio Lucas (PDT), foi debatida nesta
quarta-feira, 31, a possibilidade de a Feevale oferecer o curso de
Medicina entre as suas opções de graduação. Estiveram presentes ao
encontro na instituição de ensino o reitor da Universidade, Ramon
Fernando da Cunha, o vice-presidente do Legislativo, Naasom Luciano
(PT), Cristiano Coller (PDT), o coordenador administrativo da Câmara,
Paulo César Rodrigues, e representando o presidente da Casa, o assessor
José Gabriel Chassot.
Enquanto esteve à
frente da Prefeitura, entre janeiro e o fim de março, Antonio Lucas
defendeu a ideia de trazer o curso de Medicina ao Município. De
acordo com o parlamentar, a viabilidade da proposta demandava uma
avaliação ou parecer da instituição de ensino.
Durante a reunião
desta quarta, o reitor Ramon expôs as dificuldades do pleito e
informou não ser de hoje o interesse da Feevale na inclusão do
curso. Ele afirmou que esse questionamento tem sido mais frequente
após as manifestações que vêm ocorrendo em todo o país.
Segundo o reitor, há
alguns anos a Feevale tentou viabilizar o projeto, que esbarrou na
época no tópico investimento/infraestrutura. Ele alertou os parlamentares que a
situação de hoje não é muito diferente, com o acréscimo de uma
nova questão. A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino
Superior (ABMES), através da portaria normativa de n° 13, de 09 de
julho de 2013, estabeleceu os procedimentos para a pré-seleção de
municípios que receberão novas autorizações. Se estiver dentro do
grupo de seleção, a secretaria de Regulação e Supervisão da
Educação Superior (SERES) disciplinará as obrigações específicas
para a abertura das vagas para o curso. Entre as exigências
apresentadas nessa portaria estão leitos SUS, públicos e
conveniados, por aluno maior ou igual a 5, hospital de ensino ou
entidade hospitalar com potencial para hospital de ensino e leitos
exclusivos para o curso.
Ramon mostrou-se
cauteloso: “estamos acompanhando os trâmites e, assim que alguma
informação favorável surgir, vamos buscar parcerias”, disse aos
presentes ao encontro. Naasom questionou se, em algum momento, faltou
apoio ou iniciativa do Poder Público. Para o reitor, as permissões
e medidas do governo federal criaram as atuais circunstâncias em que
estão os médicos e a saúde. Conforme Ramon, a universidade, assim
como a Câmara, age de acordo com o benefício social. Ele antecipou
que, assim que possível, buscará o apoio da casa legislativa.
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